sexta-feira, 5 de outubro de 2012

"V.I.L.I." (Chapter VIII)

Nova York

Chegou mais cansado do que esperara. Dessa vez o agente Walker o acompanhou por todo o percurso aéreo. Estavam em solo novaiorquino agora. Dirigiram-se diretamente para o hotel onde ficariam hospedado - a partir de agora, o agente Walker o acompanharia frequentemente. Durante o percusso para o hotel, passaram por alguns pontos turísticos, como a Estatua da Liberdade e o Central Park, sempre sonhara em vê-los. Chegaram ao hotel. O hotel não muito grande, mas parecia ser muito confortável. Exibia cinco estrelas em uma placa no hall de entrada, mas o que mais chamava atenção nele não era isso, mas sim, o nome escrito em letras descentralizadas: SoHo - um dos mais conceituados hotéis de Nova York. Foram até a recepção e perguntaram pelo quarto reservado no nome do agente Walker e lhe foram entregues dois cartões magnéticos  para a sua surpresa, pois pensara que ficariam no mesmo quarto - foi um alívio. O agente pegou um e lhe entregou o outro. Quando viu o número que estava gravado no cartão soltou um riso abafado e discreto. Quarenta e Dois - fã de Douglas Adams como era, foi uma situação meio cômica ficar com esse quarto. Foi em direção ao elevador.

Durante todo o percurso da recepção até o quarto, que não foi muito longo, ficou imaginando um quarto estilo Douglas Adams. Imaginou os colchões do quarto igual aos do pântano de Squornshellous Zeta .Se imaginou sentado na sala monitorando as câmeras do planeta terra, do mesmo jeito que os habitantes de Perséfone. E até se imaginou comendo um sanduíche de carne de Besta Perfeitamente Normal feita pelo Fazedor de Sanduíches do mundo Lamuella. Quando abriu a porta do quarto, viu que nada do que ele tinha pensado estava lá, ficou um pouco desapontado. O quarto do hotel era apenas uma suite. Relativamente grande, relativamente básico e relativamente aconchegante. Jogou a bolsa em cima da cama, sacou o celular, parou o reprodutor musical e ligou para sua mãe. Enquanto avisava que tinha chegado e como estava, percebeu que havia um papel sobre a cabeceira da cama. Foi em direção e ele e percebeu que era uma carta, lacrada com aquele selo presidencial. Pegou-a e deu uma olhada na parte de trás para ver se tinha mais algo, e encontrou, lá estava o eu nome escrito. Ficou nervoso, mas pensou e achou que já estava na hora de começar a se acostumar com essas coisas. Colocou-a de volta ao lugar, foi na bolsa, pegou um pen-drive e colocou o home theater e colocou na pasta de músicas. Colocou o player no aleatório, como de costume, e avançou sete faixas - apesar de não ser cristão, o cristianismo tem o número sete como o número da perfeição - não caiu na música que queria, mas gostou de escutar a introdução da versão acústica da música Returns of Serenity da banda estado-unidense Testament. Foi tomar banho.

Terminou o banho, colocou uma roupa para dormir e se deitou. "You know I’m almost dead..." acordou assustado. Levantou e logo percebera que adormecera rapidamente e o que estava escutando era reproduzido pelo player musical - Brendan's Death Song - Red Hot Chili Peppers. Quando, realmente, estava desperto, estendeu a mão para pegar a carta, mas nesse exato momento, bateram à porta, era o agente Walker. Mandou ele se arrumar que o treinamento iria começar.

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